CENA II
MARIA, TELMO e MANUEL DE SOUSA
MANUEL
- Aquele era D. João de Portugal, um honrado fidalgo e um valente cavaleiro.
MARIA
(respondendo sem observar quem lhe fala)
- Bem mo dizia o coração!
MANUEL
(desimbuçando-se e tirando o chapéu, com muito afecto)
- Que te dizia o coração, minha filha?
MARIA
(reconhecendo-o)
- Oh, meu pai, meu querido pai! Já me não diz mais nada o coração senão isto. (Lança-se-lhe nos braços e beija-o na face muitas vezes). Ainda bem que viestes; mas de dia!… Não tendes receio, não há perigo já?
MANUEL
- Perigo, pouco. Ontem à noite não pude vir; e hoje não tive paciência para aguardar todo o dia.