Frei Luís de Sousa - Cap. 3: Acto Terceiro Pág. 89 / 122

inocentes mãos!… dessa infeliz que arrastei na minha queda, que lancei nesse abismo de vergonha, a quem cobri as faces - as faces puras e que não tinham corado doutro pejo senão do da virtude e do recato… cobri-lhas de um véu de infâmia que nem a morte há-de levantar, porque lhe fica perpétuo e para sempre lançado sobre o túmulo a cobrir-lhe a memória de sombras… de manchas que se não lavam! Fui eu o autor de tudo isto, o autor da minha desgraça e da sua desonra deles… Sei-o, conheço-o; e, não sou mais infeliz que nenhum?

JORGE

- Vê a palavra que disseste: «desonra»; lembra-te dela e de ti, e considera se podes pleitear misérias com esse homem a quem Deus não quis acudir com a morte antes de conhecer essoutra agonia maior. Ele não tem…

MANUEL

- Ele não tem uma filha como eu, desgraçado… (Pausa.





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