É D. Madalena que ele quer ver?…
JORGE
- Não, homem; é o seu aio velho, é Telmo Pais. Como lho havia de eu recusar!
MANUEL
- De nenhum modo; fizeste bem; eu é que sou injusto. Mas o que eu padeço é tanto e tal!… - Vamos; eu ainda me não intendo bem claro com esta desgraça. Dize-me, fala-me a verdade: minha mulher… - minha mulher! com que boca pronuncio eu ainda estas palavras! - D. Madalena o que sabe?
JORGE
- O que lhe disse o romeiro naquela fatal sala dos retratos… o que já te contei. Sabe que D. João está vivo, mas não sabe aonde; supõe-no na Palestina, talvez; é onde o deve supor, pelas palavras que ouviu.
MANUEL
- Então não conhece, como eu, toda a extensão, toda a indubitável verdade da nossa desgraça. Ainda bem! talvez possa duvidar, consolar-se com alguma esperança de incerteza.