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Capítulo 12: Capítulo 12

Página 101
Era isso para ela motivo de um orgulho íntimo, que a elevava a seus próprios olhos, e por momentos a fazia esquecer-se que era uma escrava.

- Estou convencida de que sou digna do amor de Álvaro, senão, ele não me amaria; e se sou digna de seu amor, por que não o serei de me apresentar no seio da mais brilhante sociedade? A perversidade dos homens pode acaso destruir o que há de bom e de belo na feitura do Criador?

Assim refletia Isaura, e exaltada com estas ideias e com a sedutora perspectiva de algumas horas de inefável ventura em companhia do amante exclamava dentro d'alma:

- Hei de ir, hei de ir ao baile!

Enquanto Isaura, silenciosa e com a face na mão, se embebia em suas cismas, procurando firmar-se em uma resolução, o pai, não menos inquieto e preocupado, passeava distraído entre os canteiros do jardim, aguardando com ansiedade uma resposta definitiva de sua filha.

- Irei, meu pai, irei ao baile, - disse ela por fim levantando-se, mas vou preparar-me para ele como a vítima que tem de ser conduzida ao sacrifício entre cânticos e flores. Tenho um cruel pressentimento, que me acabrunha...

- Pressentimento de quê, Isaura?...

- Não sei, meu pai; de alguma desgraça.

- Pois quanto a mim, Isaura, o coração como que está-me adivinhando que de ir a esse baile resultará a nossa salvação.

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pág. 101 (Capítulo 12)

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Capa do livro A Escrava Isaura
Páginas: 185
Página atual: 101

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 8
Capítulo 3 16
Capítulo 4 25
Capítulo 5 27
Capítulo 6 34
Capítulo 7 43
Capítulo 8 54
Capítulo 9 63
Capítulo 10 72
Capítulo 11 81
Capítulo 12 91
Capítulo 13 102
Capítulo 14 111
Capítulo 15 122
Capítulo 16 132
Capítulo 17 141
Capítulo 18 146
Capítulo 19 154
Capítulo 20 163
Capítulo 21 171
Capítulo 22 178