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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 24
Depois, pairando as vistas em redor, deu com os olhos em Isaura, a qual, desde que Leôncio se apresentara, corrida, trêmula e anelante, fora sumir-se em um canto da sala; dali presenciara em silenciosa ansiedade a altercação dos dois moços, como corça mal ferida escutando o rugir de dois tigres, que disputaram entre si o direito de devorá-la. Por seu lado também se arrependia do íntimo da alma, e raivava contra si mesma pela indiscreta e louca revelação, que em um assomo de impaciência deixara escapar dos seus lábios. Sua imprudência ia ser causa da mais deplorável discórdia no seio daquela família, discórdia, de que por fim de contas ela viria a ser a principal vítima. A desavença entre os dois mancebos era como o choque de duas nuvens, que se encontram e continuam a pairar tranquilamente no céu; mas o raio desprendido de seu seio teria de vir certeiro sobre a fronte da infeliz cativa.

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pág. 24 (Capítulo 3)

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Capa do livro A Escrava Isaura
Páginas: 185
Página atual: 24

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 8
Capítulo 3 16
Capítulo 4 25
Capítulo 5 27
Capítulo 6 34
Capítulo 7 43
Capítulo 8 54
Capítulo 9 63
Capítulo 10 72
Capítulo 11 81
Capítulo 12 91
Capítulo 13 102
Capítulo 14 111
Capítulo 15 122
Capítulo 16 132
Capítulo 17 141
Capítulo 18 146
Capítulo 19 154
Capítulo 20 163
Capítulo 21 171
Capítulo 22 178