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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 7

Ao fundo da viela, que desembocava no rio, havia dois portelos, um à direita para uma várzea de milho espigado com grande folhagem, outro à esquerda para um panascal que entestava com a corrente do Tâmega. Saía então do rio para a cangosta um grande vulto alvacento chofrando na água com pernadas longas e mesura- das. O rapaz expediu um ai rouco e, agarrando-se aos suspensórios de couro do moleiro, gritou:

– Ó tio Luís, ó tio Luís!...

– Que é? – Vossemecê não vê?

– Vejo, pedaço de asno, vejo; é a alma do capitão-mor que anda a pescar bogas com chumbeira... Não vês que é um homem em fralda? Abre esses olhos, bruto!

Era o caseiro da quinta de Santa Eulália, que vinha batendo com a chumbeira as angras do rio por onde o escalo costumava acardumar-se.

– És tu, ó Francisco Bragadas? – perguntou o moleiro.

– Sou.

– Ouviste por’í berrar uma cabra?

– Há pedaço, berrava ali no bravio do Pimenta; mas já depois a ouvia lá p’ra baixo na Ínsua.

– O peixe cai? Dá cá duas bogas para eu cear.

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Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
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Capítulo 2 2
Capítulo 3 42