Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 3: Capítulo 3

Página 81

Mas, como quer que fosse, era o retrato de sua mãe, favorecido pela palheta de artista caprichoso que desadorasse as fortes e vivas cores das formosuras do campo; era Josefa de Santo Aleixo, depois de respirar em dez invernos o ar do teatro de S. Carlos, e em dez estios o ar latrinário dos Passeios de Lisboa.

E aí está a razão por que o general, colhido de sobressalto quando esperava a filha sem presunção antecipada da sua figura, entreviu a mãe. O desembargador, para encher o vácuo do silêncio que se fez, disse que o seu amigo, o Sr. general Queirós de Meneses, desejava comprar a quinta de Santa Eulália.

– São dez mil cruzados – repetiu Francisco Bragadas que já estava encostado à ombreira da porta.

– Visto que aqui está a dona, esta senhora dispensa procurador – observou o tabelião.

– O meu caseiro diz a verdade – confirmou Maria Moisés com tristeza e irresolução. – Eu não dou a quinta por menos de dez mil cruzados.

O tabelião ia replicar com a coarctada das hipotecas, quando o general, fazendo-lhe um gesto de silêncio, perguntou a D. Maria:

– Aceitando eu a quinta pela quantia que se pede, poderei hoje fechar este contrato? Já trouxe comigo o senhor tabelião para se lavrar a escritura.

– Preciso ver os títulos – disse o funcionário.

<< Página Anterior

pág. 81 (Capítulo 3)

Página Seguinte >>

Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
Página atual: 81

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 42