- Nellie! - gritou Banford em voz aguda. Não sabes responder? 
- Quem, eu? - exclamou March, só então se virando para os olhar. - Alguém falou comigo? 
- Está na lua, é o que é! - resmoneou o velhote, virando o rosto num sorriso. - Deve estar apaixonada, hem, assim a sonhar acordada!. .. 
- Falaste comigo, foi? - disse March, olhando então para o rapaz de uma forma estranha, como se acabasse de voltar de muito longe, um ar de dúvida nos olhos abertos, interrogativos, o rosto levemente ruborizado. 
- Disse que deves ter tido muito trabalho com a árvore, que deves andar muito cansada - respondeu ele cortesmente. 
- Oh, isso! Dei-lhe umas machadadas de quando em vez, pensando que acabaria por cair. 
- Graças aos céus que não caiu durante a noite, caso contrário teríamos morrido de susto - disse Banford. 
- Deixa-me acabar isto por ti, está bem? pediu o rapaz. 
March estendeu então o machado na sua direcção, o cabo virado para ele. 
- Não te importas? - perguntou. 
- Claro que não, se me deres licença - respondeu ele. 
- Oh, cá por mim fico satisfeita quando a vir por terra! Só isso interessa, nada mais volveu ela em tom negligente. 
- Para que lado irá cair? - disse Banford. Será que pode cair sobre o barracão? 
- Não, não deve atingir o barracão - respondeu ele. - Acho que irá cair além, em terreno aberto. Quanto muito, poderá dar uma volta e cair sobre a vedação. 
- Cair sobre a vedação! - exclamou o velhote. - Ora essa, cair sobre a vedação! Inclinada como está, com um ângulo destes? 
Além de que ainda é mais longe do que o barracão! Não, sobre a vedação é que não vai cair. 
- Realmente - atalhou Henry -, isso é muito improvável. Acho que tem razão, tem muito espaço livre para cair. É, deve cair em terreno aberto.