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Capítulo 1: Os crimes da Rua Morgue

Página 16
O silêncio era completo - nem gemidos, nem ruído de espécie alguma. Arrombada a porta, não viram ninguém. As janelas do quarto da frente e do das traseiras estavam solidamente fechadas por dentro. Uma porta entre os dois quartos estava fechada, embora não à chave. A porta que dava do quarto da frente para o corredor estava fechada, com a chave por dentro. Uma saleta da frente, ao fundo do corredor, estava aberta, com a porta só no trinco. Nesta saleta estava amontoada uma série de camas velhas, caixotes, etc. Todos estes foram minuciosamente examinados. Nem um centímetro de toda a casa escapou à análise mais completa. As chaminés foram basculhadas. A casa tinha um sótão, além dos quatro andares. No telhado havia um alçapão solidamente pregado, que não parecia ter sido aberto há vários anos. O tempo decorrido entre o momento em que foi ouvida a discussão e aquele em que a porta foi arrombada foi calculado diferentemente pelas várias testemunhas. Umas dizem dois a três minutos - outras cinco. A porta ofereceu bastante resistência.

Alfonso Garcio, cangalheiro. Mora na Rua Morgue. É espanhol. Fez parte do grupo que entrou na casa. Não subiu as escadas. É um homem nervoso e temia as consequências da agitação. Ouviu a discussão. A voz rouca era de um francês. A voz aguda era a de um inglês - está absolutamente certo disso. Não fala inglês, mas conhece a entoação.

Alberto Montani, confeiteiro. Encontrava-se entre os primeiros que subiram as escadas. Ouviu a discussão. A voz rouca era de um francês. Distinguiu várias palavras. A pessoa que falava parecia argumentar veementemente. Não conseguiu entender o que dizia a voz aguda. Esta falava muito depressa e confusamente. Julga que a voz era de um russo. Confirma os outros depoimentos.

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Capa do livro Os Crimes da Rua Morgue
Páginas: 42
Página atual: 16

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Os crimes da Rua Morgue 1