Então, por ocasião do evangelho da harmonia mundial, cada qual se sente com o seu próximo, não somente unido, reconciliado, fundido mas uno, como se o véu da Maia tivesse sido partido e somente ainda revoluteasse ante o misterioso Uno-Primitivo. Cantando e dançando se externa o homem como membro de uma comunidade elevada. Ele esqueceu o andar e o falar e está em caminho de, dançando, elevar-se nos ares. Seus movimentos manifestam encantamento. Assim como agora falam os animais e a terra produz leite e mel, também dele soa algo de sobrenatural. Ele se sente um deus, vagueia ele mesmo agora tão extasiado e excelso como, em seus sonhos, via vagar os deuses. O homem não é mais artista, é obra de arte; a potência artística da natureza inteira, para a máxima satisfação do Uno Primitivo, aqui se externa sob os estremecimentos da embriaguez. A argila mais nobre, o mármore mais precioso aqui é trabalhado. É o homem. E aos golpes de cinzel do artista Dionisíaco mundial, soa o chamado misterioso de Eleusis: “Vós vos precipitais, ó milhões? Pressentes o criador, ó mundo?