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Capítulo 7: Polifemo e Ninguém

Página 53
mãos... O bicho passou a porta, e assim que se apanhou livre, deitou a correr. Respirei. Estávamos salvos!

Bastante longe da caverna larguei o meu improvisado veículo, e fui desatar os vimes que prendiam os meus companheiros aos outros animais. Estugámos o passo até ao sítio onde estava o nosso navio. Os amigos que tínhamos deixado, e que não contavam já tornar a ver-nos, soltaram gritos de regozijo, abraçaram-nos, festejaram-nos. Mas, quando souberam da triste sorte daqueles que Polifemo devorara, então choraram angustiosamente...

Ai de nós! Nem tempo havia para o consolo das lágrimas... Convinha partir depressa, fugir depressa de terra tão perigosa e nefasta. Dei ordem aos remadores. E dentro em breve, sem que não tivéssemos uma última vez amaldiçoado o ciclope, que lá no alto ainda se lamentava furioso, gritando: «NINGUÉM! NINGUÉM!», o nosso barco sulcava o mar que gemia sob o compasso lento dos remos...

Uma pedra enorme, arremessada por Polifemo veio ainda cair perto do barco.

Quase naufragámos!... Foi essa a derradeira despedida do monstro, que não deixámos de ouvir senão ao tocar na outra ilha, onde parte dos nossos companheiros nos aguardava. Partimos juntos - o vento era favorável - para regiões talvez igualmente perigosas, mas que sonhávamos então menos hostis...

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Capa do livro Odisseia
Páginas: 129
Página atual: 53

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A Odisseia 1
Telémaco e os Pretendentes 2
Calipso 8
A Tempestade 13
Nausica 19
O Cavalo de Pau 32
Polifemo e Ninguém 41
Éolo e Circe 54
Ulisses no Inferno 66
As Sereias Sila e Caribdes 75
Os Rebanhos do Sol 85
Ulisses Despede-se de Córcira 90
Eumeu, o Feitor de Ulisses 96
Telémaco Reconhece Ulisses 103
Argus, o Cão Fiel 114
Derrota dos Pretendentes, Vitória de Ulisses 118