E separados em dois grupos, um comandado por mim, outro por Euríloco, chefe de grande valor, tirámos à sorte qual deles devia partir, qual deles deveria ficar. A sorte cai no grupo de Euríloco. Sem demora, o corajoso amigo partiu à frente dos seus homens. E tanto os que partiam, como os que ficavam, choravam lágrimas amargas, de inquietação, de saudade e de receio...
Corre o tempo. Esperávamos ansiosos. Nisto, vemos Euríloco só, que voltava da expedição tão aflito que nem podia falar.
Rodeámo-lo, interrogámo-lo, tentámos consola-lo.
Parecia mudo e surdo: - não respondia. Por fim sossegou um pouco e disse-me:
- Nobre Ulisses, íamos pelo caminho que nos indicaras, quando nos aparecem uns lobos e leões da selva que, em vez de nos atacarem, nos afagam e como que tentam falar. Eram, certamente, homens transformados em animais pela terrível feiticeira, que depois me roubou os nossos camaradas. Seguimos os amáveis bichos. Levam-nos eles à morada de Circe, que estava cantando uma canção harmoniosa, enquanto tecia um estofo magnífico, só comparável aos vestidos das deusas. Polito, que é aliás pessoa de bom-senso, entusiasma-se e propõe que se chame a linda tecedeira. Assim fizemos. E ela veio logo, e logo abriu a porta