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Capítulo 1: Capítulo 1

Página 14
Charles Dickens estava deprimente o bastante em sã consciência quando tentou excitar nossa compaixão pelas vítimas da administração da assistência-social; mas Charles Reade, um artista, um erudito, um homem com um verdadeiro senso de beleza, bufando e urrando pelos abusos da vida contemporânea como um panfletário qualquer ou um jornalista sensacionalista, é realmente uma visão de fazer os anjos chorarem. Acredite em mim, meu querido Cyril, a modernidade da forma e a modernidade do tema são inteira e completamente erradas. Nós confundimos a farda comum da época com o vestuário das Musas, e passamos os nossos dias nas ruas sórdidas e subúrbios horrorosos das nossas vis cidades quando devíamos estar na encosta com Apolo. Certamente somos uma raça degradada, e vendemos nosso direito inato por uma desordem de fatos.

Cyril – Há algo no que você diz, e não há dúvida de que qualquer graça que possamos achar em ler um romance puramente modelo, raramente temos algum prazer artístico em relê-lo. E isso é talvez o melhor teste bruto do que é e do que não é literatura. Se não se pode ter prazer em ler um livro repetidas vezes, não há por que lê-lo vez alguma. Mas o que você diz sobre o retorno à Vida e à Natureza? É a panaceia que está sempre sendo recomendada a nós.

Vivian – Vou lê-lo o que digo sobre o assunto. A passagem vem depois no artigo, mas tanto melhor dá-la a você agora: – “O grito popular de nossa época é «Retornemos à Vida e à Natureza; elas recriarão a Arte para nós, e trarão o sangue vermelho que corre em suas veias; elas calçarão seus pés com velocidade e tornarão sua mão forte.»

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Capa do livro A Decadência da Mentira
Páginas: 42
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