Stanley Hopkins levou-nos primeiro à casa onde nos apresentou a uma mulher envelhecida, de cabelos grisalhos, viúva do homem assassinado, cujo rosto cheio de rugas e olhar furtivo de terror nos seus olhos avermelhados evidenciavam aos anos de duro trabalho e maus tratos. Com ela estava a filha, uma rapariga pálida, de cabelos louros, cujos olhos nos fitaram desafiadores enquanto nos afirmou que estava contente por o pai estar morto e que abençoava a mão que o matara. Peter Carey tinha tratado terrivelmente a sua família, e foi com uma sensação de alívio que saímos para o sol e nos dirigimos por um carreiro aberto através dos campos pelos pés do homem assassinado.
A cabana era um abrigo extremamente simples, com paredes de madeira, telhado também de madeira, uma janela ao lado da porta e outra no lado oposto. Stanley Hopkins tirou a chave da algibeira e baixou-se para a meter na fechadura, tendo então parado com uma expressão de atenção e surpresa no rosto.
- Alguém esteve a mexer aqui - disse.
Não havia dúvida. A madeira estava lascada e viam-se riscos na tinta, como se aquilo tivesse sido acabado de fazer.