Disse-lhe que tinha apanhado o bloco do chão.
- A mancha de sangue estava na parte superior ou inferior?
- Ao lado, junto ao soalho.
- O que prova, como é evidente, que o bloco foi deixado cair depois de o crime ser cometido.
- Exactamente, Sr. Holmes. Reflecti sobre esse facto e fiz a conjectura de que o assassino o terá deixado cair ao fugir apressado. Estava perto da porta.
- Calculo que não foram encontradas quaisquer destas acções no espólio do morto!
- Não, Sr. Holmes.
- Tem qualquer razão para suspeitar de roubo?
- Não, aparentemente não tocaram em nada.
- Ora esta! Este caso é, de facto, muito interessante. Havia lá uma faca, não é?
- Uma faca de mato, metida na respectiva bainha. Estava aos pés do morto. A Srª Carey identificou-a como pertencendo ao marido.
Holmes reflectiu durante algum tempo.
- Bom - disse, finalmente -, creio que terei de lá ir dar uma vista de olhos.
Stanley Hopkins soltou uma exclamação de alegria.
- Obrigado, Sr. Holmes. Isso tira-me um grande peso de cima dos ombros.
Holmes abanou o dedo na direcção do inspector.
- Teria sido uma tarefa mais fácil há uma semana - disse ele. - Mas mesmo agora a minha visita poderá não ser totalmente inútil. Watson, se dispuser de tempo, agradar-me-ia muito ter a sua companhia. Se não se importar de chamar uma carruagem, estaremos prontos para partir para Forest Row daqui a um quarto de hora.
Depois de sairmos num pequeno apeadeiro, atravessámos de carruagem o que ainda resta de um grande bosque, numa extensão de vários quilómetros. Este bosque fazia outrora parte de uma grande floresta que durante tanto tempo impediu o avanço dos invasores saxões - o impenetrável Weald, que foi durante sessenta anos o bastião de Inglaterra.