O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 13: A Aventura da Segunda Mancha Pág. 349 / 363

Pensa-se que foi com um destes ataques que ela cometeu o terrível crime que tanta sensação causou em Londres. Ainda não foram reconstituídos os seus movimentos na noite de segunda-feira, mas foi sem dúvida uma mulher que corresponde à sua descrição que tanta atenção atraiu na estação de Charing Cross na terça-feira de manhã, devido ao seu ar enlouquecido e violência de gestos. Assim, é provável que o crime tenha sido cometido num momento de loucura ou que este tenha tido o efeito imediato de levar a infeliz mulher a perder o juízo. Neste momento, ela mostra-se incapaz de dizer qualquer coisa coerente acerca do seu passado e os médicos não têm qualquer esperança de que possa recuperar a razão. Há provas de que uma mulher, que podia ser Mme. Fournaye, foi vista durante algumas horas na noite de segunda-feira a observar a casa de Godolphin Street.»

- Que é que pensa disto, Holmes? - Lera-lhe alto o jornal enquanto ele acabava de tomar o pequeno-almoço.

- Meu caro Watson - disse, levantando-se da mesa e começando a andar de um lado para o outro na sala - você tem uma paciência de Job, mas se nada lhe contei durante os últimos três dias é porque não havia nada para contar. Nem sequer esta crónica de Paris nos ajuda muito.

- É, sem dúvida, conclusiva acerca da morte do homem.

- A morte do homem foi um mero incidente... um episódio trivial... em comparação com a nossa verdadeira tarefa que é localizar o documento e evitar uma catástrofe na Europa. Aconteceu apenas uma coisa importante nos últimos três dias e isso foi não ter acontecido nada. Recebo notícias do Governo quase de hora a hora, e este tem a certeza de que não há sinais de qualquer agitação em nenhum país da Europa.





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