O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 13: A Aventura da Segunda Mancha Pág. 362 / 363

- Tenho esperança de os obter. É por isso que aqui estou. Quanto mais penso, mais me convenço de que a carta nunca saiu desta casa.

- Sr. Holmes!

- Se assim tivesse acontecido, já teria chegado ao conhecimento público.

- Mas por que é que alguém a tiraria para a deixar ficar aqui em casa?

- Não estou certo de que alguém a tenha tirado.

- Então como é que desapareceu da caixa dos documentos?

- Sr. Holmes, esta brincadeira não é nada adequada à situação. Já lhe garanti que desapareceu da caixa dos documentos.

- Examinou a caixa desde terça-feira de manhã?

- Não. Não foi necessário.

- Pode muito bem não ter visto a carta.

- Digo-lhe que isso é impossível.

- Mas eu não estou certo disso. Já vi coisas dessas acontecerem. Presumo que estejam lá outros documentos. Bom, a carta pode estar no meio deles.

- Estava por cima de todos os outros documentos.

- Alguém pode ter mexido na caixa, fazendo que a carta se deslocasse.

- Não, não, tirei todos os documentos quando a procurei.

- Isso é fácil de verificar, Hope - disse o primeiro-ministro. - Mande trazer-nos a caixa.

O secretário de Estado tocou à campainha.

- Jacobs vá buscar a minha caixa de documentos. É uma ridícula perda de tempo mas, se só assim é que fica satisfeito, assim farei. Obrigado, Jacobs, ponha-a aqui. Guardo sempre a chave na corrente do meu relógio. Aqui estão os documentos, como vê. Uma carta de Lorde Merros, um relatório de Sir Charles Hardy, um memorando de Belgrado, uma nota sobre os Impostos sobre cereais russo-alemães, uma carta de Madrid, um bilhete de Lorde .Flowers... Santo Deus! Que é isto? Lorde Bellinger! Lorde Bellinger!

O primeiro-ministro arrancou o sobrescrito azul das mãos do secretário de Estado.





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