O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 2: O Caso do Construtor de Norwood Pág. 52 / 363

Já teve a sua oportunidade de se rir à nossa custa e talvez possamos fazer o mesmo em relação a ele se a minha leitura deste problema provar estar certa. Sim, sim, creio que já sei como o devemos abordar.

O inspector da Scotland Yard ainda estava a escrever na sala quando Holmes o interrompeu.

- Creio que está a elaborar o relatório deste ano - disse.

- Exactamente.

- Não acha que poderá ser um pouco prematuro? Não posso deixar de pensar que as suas provas estão incompletas.

Lestrade conhecia demasiado bem o meu amigo para ignorar as suas palavras. Pousou a caneta e olhou para ele com curiosidade

- Que é que quer dizer com isso, Sr. Holmes?

- Apenas que há uma importante testemunha que o senhor ainda não viu.

- Pode apresentá-la?

- Creio que posso.

- Então, faça-o.

- Vou esforçar-me para isso. Quantos polícias tem consigo?

- Há três nas imediações.

- Excelente! - disse Holmes. - Posso perguntar-lhe se são todos homens possantes com voz forte?

- Não tenho dúvida de que o são, embora não perceba o que é que as suas vozes têm a ver com isto.

- Talvez eu o possa ajudar a perceber isso e mais uma ou duas coisas - disse Holmes. - Chame os seus homens e tentarei.

Cinco minutos depois, os três polícias estavam no hall.

- No barracão, lá fora, encontrarão uma quantidade considerável de palha - disse Holmes. - Peço-lhes que tragam cá para dentro dois fardos. Creio que serão da maior utilidade para eu apresentar a testemunha de que preciso. Muito obrigado. Creio que tem fósforos na algibeira, Watson. Agora, Sr. Lestrade, peço-lhe que me acompanhe ao último patamar.

Como já disse, havia um corredor largo que dava para três quartos vazios.





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