O inspector da Scotland Yard ainda estava a escrever na sala quando Holmes o interrompeu.
- Creio que está a elaborar o relatório deste ano - disse.
- Exactamente.
- Não acha que poderá ser um pouco prematuro? Não posso deixar de pensar que as suas provas estão incompletas.
Lestrade conhecia demasiado bem o meu amigo para ignorar as suas palavras. Pousou a caneta e olhou para ele com curiosidade
- Que é que quer dizer com isso, Sr. Holmes?
- Apenas que há uma importante testemunha que o senhor ainda não viu.
- Pode apresentá-la?
- Creio que posso.
- Então, faça-o.
- Vou esforçar-me para isso. Quantos polícias tem consigo?
- Há três nas imediações.
- Excelente! - disse Holmes. - Posso perguntar-lhe se são todos homens possantes com voz forte?
- Não tenho dúvida de que o são, embora não perceba o que é que as suas vozes têm a ver com isto.
- Talvez eu o possa ajudar a perceber isso e mais uma ou duas coisas - disse Holmes. - Chame os seus homens e tentarei.
Cinco minutos depois, os três polícias estavam no hall.
- No barracão, lá fora, encontrarão uma quantidade considerável de palha - disse Holmes. - Peço-lhes que tragam cá para dentro dois fardos. Creio que serão da maior utilidade para eu apresentar a testemunha de que preciso. Muito obrigado. Creio que tem fósforos na algibeira, Watson. Agora, Sr. Lestrade, peço-lhe que me acompanhe ao último patamar.
Como já disse, havia um corredor largo que dava para três quartos vazios.