O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 2: O Caso do Construtor de Norwood Pág. 51 / 363

- Desafio qualquer perito do mundo a afirmar que aquela não é a marca do seu polegar.

- É indubitavelmente a marca do polegar de McFarlane.

- Pronto, isso é suficiente - disse Lestrade. - Sou um homem prático. Sr. Holmes, e, quando tenho as minhas provas, elaboro as minhas conclusões. Se tiver alguma coisa a dizer, estarei na sala a escrever o meu relatório.

Holmes recuperara a serenidade, embora eu ainda detectasse na sua expressão o seu divertimento.

- Ora esta, esta é uma evolução muito triste, não acha, Watson? - disse. - E, no entanto, há pormenores curiosos que conferem uma certa esperança ao nosso cliente.

- Fico encantado por o ouvir dizer isso - disse eu com calor. Receava que tudo estivesse perdido para ele.

- Não iria tão longe, meu caro Watson, o facto é que há uma falha extraordinariamente grave nestas provas às quais o nosso amigo tanta importância dá.

- Ah, sim, Holmes? Qual é?

- Apenas esta: eu saber que aquela marca não estava ali quando examinei o hall ontem. E agora, Watson, vamos dar uma pequena volta lá fora.

Com o espírito confuso, mas com o calor de uma certa esperança no coração, acompanhei o meu amigo num pequeno passeio pelo jardim. Holmes observou a casa de cada um dos lados; examinando-a com grande interesse. Depois, voltou a entrar e revistou todo o edifício, da cave ao sótão. A maioria das salas não tinha mobiliário, mas mesmo assim Holmes examinou-as minuciosamente. Finalmente, no corredor do último andar, que dava para três quartos vazios, teve novo ataque de riso.

- De facto este caso tem características absolutamente únicas, Watson - disse. - Creio que é altura de compartilharmos os nossos conhecimentos com Lestrade.





Os capítulos deste livro