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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 122
cumprir os seus deveres para com a natureza sem esforço e trabalho, nem para com a pátria sem lhe darem filhos. Não evitam prazer algum, desde que este os não impeça de trabalhar. Apreciam a carne porque acreditam que esta os torna mais vigorosos e resistentes para o trabalho. Os Utopianos consideram estes últimos mais sensatos, embora os primeiros sejam mais santos.

Se estes preferem o celibato ao casamento e uma vida difícil a uma fácil e justificassem o seu comportamento pela razão, os utopianos rir-se-iam deles. Mas como eles o Justificam pela religião, honram-nos e veneram-nos, dando-lhes na sua língua um nome especial, «Buthrescas», cuja interpretação corresponderá ao nosso termo «religiosos».

Possuem padres de grande santidade e por isso mesmo em pequeno número. Existem apenas treze para cada cidade, de acordo com o número de templos, exceptuando os que, em caso de guerra, acompanham os soldados. Nessa altura, sete dos sacerdotes acompanham o exército e para os substituir na pátria são nomeados mais sete. Quando, porém, os primeiros regressam, voltam ao seu antigo lugar e os substitutos assistem ao bispo, enquanto não vão substituindo os antigos, à medida que eles morrem. O bispo é a sua autoridade suprema.

Os sacerdotes são escolhidos pelo povo, tal como os outros magistrados, em escrutínio secreto, para evitar a intriga. Depois de eleitos, são consagrados pelos seus companheiros. Têm como funções superintender em todos os assuntos religiosos e serem censores dos costumes. É considerado vergonhoso ser censurado por algum deles por uma vida dissoluta e impura. É seu dever aconselhar e exortar ao bem, tal como é dever do príncipe e dos magistrados corrigir e punir os culpados, salvo quando os sacerdotes, se a falta é excessivamente grave e viciosa, condenam e excomungam os acusados, proibindo a sua participação nos mistérios sagrados.

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Capa do livro A Utopia
Páginas: 133
Página atual: 122

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 51