O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 8: A Aventura dos Seis Napoleões Pág. 208 / 363

Não sei se foi a arma do crime ou se pertencia ao morto. A sua roupa não tem qualquer nome e não tinha nada nas algibeiras à excepção de uma maçã, um pedaço de cordel, um mapa barato de Londres e uma fotografia que é esta.

A fotografia fora tirada com uma pequena máquina fotográfica. Mostrava um homem vivaz, de feições simiescas, com sobrancelhas espessas e um queixo estranhamente projectado para a frente, como a queixada de um macaco.

- E que é que aconteceu ao busto? - perguntou Holmes, depois de examinar atentamente a fotografia.

- Soubemo-lo pouco antes de o senhor chegar. Foi encontrado no jardim da frente de uma casa desocupada em Campden House Road. Estava em cacos. Vou agora lá. Quer vir?

- Com certeza. Só quero dar uma vista de olhos aqui. - Holmes examinou a carpeta e a janela. - O tipo ou tinha pernas muito compridas ou era extremamente ágil - disse. - Não foi um feito fácil chegar ao parapeito da Janela e abri-la. O percurso inverso foi comparativamente simples. Vem connosco ver os pedaços do busto. Sr. Harker?

O desconsolado jornalista tinha-se sentado a uma escrivaninha.

- Tenho de tentar escrever qualquer coisa - respondeu - embora não tenha qualquer dúvida de que as primeiras edições dos jornais da tarde já saíram com todos os pormenores. É mesmo a minha sorte! Lembra-se de quando a tribuna caiu em Doncaster. Eu era o único jornalista que lá estava e só o meu Jornal é que não publicou essa notícia pois fiquei demasiado abalado para a escrever. Agora, chegarei tarde de demais com a notícia de um assassínio cometido à porta da minha própria casa.

Ao sairmos da sala ouvimos a sua caneta a escrever rapidamente em papel de rascunho.

O sítio onde tinham sido encontrados os fragmentos do busto distava apenas algumas centenas de metros.





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