E, de facto, assim se provou ser e, ao chegar à terrível conclusão de uma história que eu pensara ser apenas infantil e bizarra, sinto de novo o desalento e horror que na altura me invadiram.
Bem gostaria de proporcionar aos meus leitores um final mais agradável, mas escrevo crónicas sobre factos e tenho de seguir até ao seu tenebroso fim o estranho encadeamento de acontecimentos que, durante alguns dias, fez que Riding Thorpe Manor andasse na boca de toda a gente por Inglaterra inteira.
Mal tínhamos acabado de descer do comboio em North Walsham e mencionado o nome do nosso destino quando o chefe da estação se dirigiu apressadamente a nós.
- Calculo que sejam os detectives de Londres – disse.
Holmes teve uma expressão de aborrecimento.
- Que é que o leva a crer tal coisa?
- O facto de o inspector Martin ter acabado de passar por aqui.
Mas talvez sejam os médicos. Ela não estava morta... pelo menos segundo as últimas informações. Talvez cheguem a tempo de a salvar... embora o seu destino seja a forca.
Holmes tinha a testa franzida, cheio de ansiedade
- Dirigimo-nos, de facto, para Riding Thorpe Manor - disse ele -, mas não sabemos nada do que lá se passou.
- Foi uma coisa terrível - disse o chefe da estação. - Foram ambos atingidos a tiro, o Sr. Hilton Cubitt e a mulher. Ela disparou contra ele e, depois, contra si própria.