Todas elas se prendiam à sua sociabilidade, à sua civilização muito complexa, ou a interesses que o meu Príncipe, nesses sete anos, criara para viver em mais consciente comunhão com todas as funções da Cidade. (Jacinto com efeito era presidente do clube da Espada e Alvo; comanditário do jornal «O Boulevard»; diretor da Companhia dos Telefones de Constantinopla; sócio dos Bazares Unidos da Arte Espiritualista; membro do Comité de Iniciação das Religiões Esotéricas, etc.) Nenhuma destas ocupações parecia porém aprazível ao meu amigo porque, apesar da mansidão e harmonia dos seus modos, frequentemente arremessava para o tapete, numa rebelião de homem livre, aquela agenda que o escravizava. E numa dessas manhãs (de vento e neve), apanhando eu o livro opressivo, encadernado em pelica, de um carinhoso tom de rosa murcha - descobri que o meu Jacinto devia depois do almoço fazer uma visita na Rua da Universidade, outra no Parque Monceau, outra entre os arvoredos remotos da Muette; assistir por fidelidade a uma votação no clube; acompanhar Madame d'Oriol a uma exposição de leques; escolher um presente de noivado para a sobrinha dos Trèves; comparecer no funeral do velho conde de Malville; presidir um tribunal de honra numa questão de roubalheira, entre cavalheiros, ao ecarté.