O Grande Gatsby - Cap. 8: Capítulo VIII Pág. 153 / 173

O seu itinerário - andou sempre a pé - foi depois reconstituído: primeiro foi até Port Roosevelt, e dali a Gad's Hill, onde comprou uma sanduíche, que não chegou a comer, e bebeu uma chávena de café. Devia estar cansado e ter andado devagar, pois só ao meio-dia chegou a Gad's Hill. Até aqui, não houve dificuldade em seguir-lhe o rasto - alguns garotos tinham visto um homem «que parecia meio louco» e houve motoristas que contaram que ele os tinha fitado de um modo estranho, da beira da estrada. Perderam-lhe o rasto pelas três horas seguintes. Tendo em vista o que ele dissera a Michaelis, que tinha uma maneira de descobrir - a polícia deduziu que, durante esse tempo, andara de garagem em garagem, à procura do carro amarelo. Mas, por outro lado, nenhum empregado de oficina apareceu a declarar que o tinha visto; é provável que ele tivesse uma via mais fácil e segura de descobrir o que queria saber. Por volta das duas e meia estava ele em West Egg, onde perguntou a alguém o caminho para a casa de Gatsby. Portanto, nessa altura, já ele sabia o nome de Gatsby.

Às duas horas, Gatsby vestiu o fato de banho e disse ao mordomo, que, se alguém telefonasse, o fosse avisar à piscina. Foi à garagem buscar um colchão pneumático, que tinha sido o deleite dos seus convidados durante o Verão e o motorista ajudou-o a enchê-lo de ar. Depois deu instruções para que o carro aberto não saísse dali em quaisquer circunstâncias que fosse - o que era de estranhar, porque o guarda-lamas direito da frente estava a precisar de reparação.

Gatsby pôs o colchão às costas e encaminhou-se para a piscina. Parou uma vez a ajeitá-lo e o motorista perguntou-lhe se precisava de ajuda, mas ele fez que não com a cabeça e desapareceu num instante por entre o arvoredo que amarelecia.





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