A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 2: A AVENTURA DE WISTERIA LODGE Pág. 23 / 210

- Não há dúvida, temos que falar imediatamente com Baynes - exclamou Holmes, pegando no chapéu. - Vamos apanhá-lo antes que saia.

Corremos rua da aldeia abaixo e vimos o inspector, conforme esperávamos, a sair de onde se alojava.

- Viu o jornal, Mr. Holmes.? - perguntou, estendendo-nos um exemplar.

- Vi, Baynes. Não se ofenda, por favor, se eu lhe der um conselho amigáve1.

- Um conselho, Mr. Holmes?

- Examinei este caso com alguma atenção e não estou convencido de que o senhor esteja no bom caminho. Não gostaria que fosse longe de mais, salvo se tiver a certeza de que está certo.

- É muito amável, Mr. Holmes.

- Garanto-lhe que falo no seu interesse.

Pareceu-me ver uma espécie de pestanejo fugaz num dos olhinhos de Mr. Baynes.

- Concordámos em trabalhar cada um por seu lado, Mr. Holmes. É o que faço.

- Oh, está bem! - disse Holmes. - Mas não diga que não o avisei.

- Não, sir. Acredito que se interesse por mim. Mas todos nós temos os nossos métodos, Mr. Holmes. O senhor tem o seu, eu tenho o meu.

- Não falemos mais do assunto.

- Terei sempre o maior prazer em pô-lo ao corrente dos meus resultados. O tipo é um perfeito selvagem, forte como um cavalo e mau como o diabo. Quase arrancou o polegar a Downing antes de ser dominado. Mal fala inglês e só conseguimos extrair-lhe grunhidos.

- E pensa que tem provas de que foi ele quem matou o amo?

- Não disse isso, Mr. Holmes, não disse isso. Todos nós temos os nossos métodos. O senhor experimenta os seus, eu experimento os meus. Foi o que combinámos.

Holmes encolheu os ombros quando nos afastámos.

- Não percebo este homem. Parece caminhar para um abismo. Bem, como ele diz, cada um experimenta o seu caminho e vê o que dá.





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