- Absolutamente! Mas, apesar de me ter explicado tudo, confesso que estou tão assombrado como antes.
- Asseguro-lhe, meu caro Watson, que foi um exercício muito superficial. Nem sequer teria perturbado os seus pensamentos se você não se tivesse mostrado incrédulo no outro dia. Tenho aqui entre mãos um pequeno problema que será mais difícil de resolver. Leu no jornal um curto parágrafo sobre o singular conteúdo de um embrulho enviado pelo correio a Miss Cushing, Cross Street, Croydon?
- Não, não vi nada.
- Ah, deve ter-lhe passado. Passe-me o jornal... Aqui está, por baixo da coluna financeira. Se quiser fazer o favor de ler alto...
Peguei no jornal que ele me devolvera e li o parágrafo indicado. O título era: «Um Embrulho Macabro».
Miss Susan Cushing, residente em Cross Street, Croydon, foi vítima do que deve considerar-se uma brincadeira particularmente revoltante, a não ser que o caso possua um significado mais sinistro.