- Agradeço a Vossa Senhoria. Mas, para iniciar as minhas investigações, creio que será mais proveitoso eu ficar aqui, no local onde ocorreu o mistério.
- Como queira, Sr. Holmes. Qualquer informação que o Sr. Wilder ou eu próprio lhe possamos prestar está, evidentemente, à sua disposição.
- Provavelmente será necessário que o vá visitar ao Hall - disse Holmes. - Neste momento, apenas lhe queria perguntar se já formulou qualquer explicação no seu espírito para o misterioso desaparecimento do seu filho.
- Não, Sr. Holmes, não formulei.
- Perdoe-me se faço referência a algo que lhe é doloroso, mas não tenho outra alternativa. Pensa que a duquesa teve alguma coisa a ver com o caso?
O grande estadista mostrou uma perceptível hesitação.
- Creio que não - disse, finalmente.
- A outra explicação mais plausível é o seu filho ter sido raptado com o objectivo de obtenção de um resgate. Não foi abordado nesse sentido?
- Não, Sr. Holmes.
- Mais uma pergunta, Vossa Senhoria. Tive conhecimento de que escreveu ao seu filho no dia em que ocorreu o incidente.
- Não, escrevi-lhe na véspera.
- Exacto. Mas ele recebeu a carta nesse dia?
- Sim.
- A carta continha qualquer coisa que o pudesse ter perturbado ou induzido a fugir?
- Não, de forma alguma.
- Meteu pessoalmente a carta no correio?
A resposta do duque foi interrompida pelo secretário, que se intrometeu com certa indignação.
- Sua Senhoria não tem por hábito meter cartas no correio pessoalmente - disse. - Essa carta foi colocada juntamente com outras na mesa do escritório e eu próprio a pus dentro do saco do correio.