Era pequeno, nervoso e atento, com inteligentes olhos azul-claros e feições volúveis. Foi ele quem, de imediato e num tom incisivo, iniciou a conversa.
- Vim cá esta manhã. Dr. Huxtable, mas era demasiado tarde para o impedir de ir a Londres. Soube que o seu objectivo era convidar o Sr. Sherlock Holmes a encarregar-se deste caso. Sua Senhoria ficou surpreendida, Dr. Huxtable, pelo facto de o senhor ter tomado essa decisão sem o consultar.
- Quando soube que a polícia não conseguira...
- Sua Senhoria não está de forma alguma convenci da de que a polícia falhou.
- Mas, Sr. Wilder, certamente...
- Dr. Huxtable, o senhor sabe bem que Sua Senhoria está particularmente empenhada em evitar qualquer escândalo público.
Prefere que um número restrito de polícias tenha conhecimento do caso.
- O caso pode ser facilmente remediado - disse o Dr. Huxtable num tom derrotado. - O Sr. Sherlock Holmes pode regressar a Londres no comboio da manhã.
- Não me parece, doutor, não me parece - disse Holmes no seu tom mais brando. - Este ar do Norte é revigorante e agradável, portanto, proponho-me passar alguns dias aqui nas vossas charnecas, ocupando o meu espírito da melhor maneira. A decisão de me acolher sob o seu tecto ou de eu ter de me alojar na aldeia cabe-lhe, evidentemente, a si.
Apercebi-me de que o infeliz Dr. Huxtable estava num terrível estado de indecisão, do qual foi salvo pela voz profunda e sonora do duque de barba ruiva que ressoou como um gongue.
- Concordo com o Sr. Wilder, Dr. Huxtable; no que se refere a que teria sido mais sensato consultar-me. Mas, dado que o Sr. Holmes já tem conhecimento do caso, seria de facto absurdo não aproveitarmos os seus serviços.