Assim, dirigi imediatamente a minha atenção para o caminho do Jardim que estava encharcado devido à chuva recente e onde certamente haveria pegadas.
»As minhas investigações mostraram-me estar a lidar com um criminoso cauteloso e experiente. Não encontrei nenhumas pegadas no caminho do jardim. No entanto, era bem evidente que alguém passara pela berma arrelvada do caminho e que isso fora feito para evitar deixar rastos. Não consegui encontrar nada da natureza de uma marca distinta, mas a relva estava pisada e não há dúvida de que alguém passou por ali. Só podia ser o assassino, pois nem o jardineiro nem qualquer outra pessoa saiu de casa nessa manhã e só choveu durante a noite.
- Um momento. Este caminho vai dar aonde? - perguntou Holmes.
- À estrada.
- Qual é a sua extensão?
- Uns cem metros.
- Com certeza que podia ver as pegadas no sítio em que o caminho passa pelo portão, não?
- Infelizmente o caminho está empedrado nessa zona.
- Bom, e na estrada?
- Não, estava toda enlameada.
- Ora esta! Bem, e os vestígios na relva indicavam que direcção?
- É impossível dizer. Não eram marcas definidas.
- Um pé grande ou pequeno?
- Não é possível distinguir.
Holmes deu uma pequena exclamação de impaciência.
- Tem estado a chover a cântaros e um temporal terrível desde essa altura - disse. - A zona será mais difícil de decifrar que aquele palimpsesto. Bem, é uma coisa que não podemos remediar. Que é que fez depois de se assegurar de que não estava certo de nada, Hopkins?
- Creio que fiquei com a certeza de bastantes coisas, Sr. Holmes. Sei que alguém entrou cautelosamente na casa, vindo do exterior. Depois, examinei o corredor. Está atapetado de juta e não tinha qualquer marca.