O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 10: A Aventura do «Pince-Nez» Dourado Pág. 255 / 363

Não consegue explicar as últimas palavras do jovem «O professor... foi ela», mas imagina que resultaram de um delírio. Está convencido de que Willoughby Smith não tinha um inimigo no mundo e não consegue descortinar qualquer motivo para o crime. A sua primeira acção foi mandar Mortimer, o jardineiro, chamar a polícia. Pouco depois, o chefe da esquadra mandou-me chamar. Ninguém mexeu em nada até eu chegar e foram dadas ordens estritas para ninguém andar pelos caminhos que dão para a casa. Era uma excelente oportunidade para pôr em prática as suas teorias, Sr. Sherlock Holmes. O caso reunia todas as condições.

- Excepto o Sr. Sherlock Holmes - disse o meu companheiro com um sorriso ligeiramente amargo. - Bom, continue. Que é que conseguiu descobrir?

- Em primeiro lugar, quero pedir-lhe que olhe para este esboço que lhe dará uma ideia geral da situação do escritório do professor e dos vários pontos deste caso. Ajudá-lo-á a seguir as minhas investigações.

Desdobrou o esboço, que a seguir reproduzo, e pô-lo sobre os joelhos de Holmes. Levantei-me e estudei-o por cima do seu ombro.

- É claro que é apenas um esboço, e só estão mencionados os pontos que considero essenciais. O resto verá pessoalmente mais tarde. Agora, em primeiro lugar, partindo do princípio de que o assassino entrou na casa, como é que ele ou ela entrou? Sem dúvida pelo caminho do jardim e pela porta das traseiras que dá acesso directo ao escritório. Qualquer outro percurso seria demasiado complicado. A fuga também se deve ter dado pela mesma via, pois as outras duas saídas da sala estavam bloqueadas pela Susan ao correr pelas escadas abaixo, e a outra dá directamente para o quarto do professor.





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