- Que é que fez, Holmes? - perguntei.
- Recorri a um simples mas antigo truque, que nos será bem útil nesta ocasião. Fui ao pátio do médico esta manhã e deitei a essência de anis com que enchera a minha seringa sobre a roda traseira da carruagem. Um cão de caça não larga o rasto de essência de anis daqui até ao cu de Judas e o nosso amigo Armstrong teria de passar pelo Cram para conseguir fazer o Pompey perder o seu rasto. Que homem astuto! Foi assim que ele me despistou naquela noite.
O cão saíra subitamente da estrada principal e metera por um caminho cheio de ervas. Cerca de um quilómetro mais adiante, este caminho virava para a direita, em direcção à cidade que tínhamos deixado para trás. A estrada tomava então a direcção do sul da cidade e continuava na direcção oposta à qual tínhamos tomado.
- Então, este desvio foi feito de propósito para nos despistar disse Holmes. - Não admira que as minhas investigações junto das pessoas das várias aldeias fossem infrutíferas. O médico fez bem o seu jogo e gostaria de saber a razão de todos estes subterfúgios. Aquela aldeia à nossa direita deve ser Trumpington.