O Regresso de Sherlock Holmes - Cap. 11: A Aventura do Avançado Desaparecido Pág. 297 / 363

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- Então, os receios do nosso amigo Overton eram fundados - disse Holmes. - Pessoalmente concordo com o Dr. Armstrong, e o rugby não está no meu horizonte de interesses. Hoje vamos cedo para a cama, Watson, pois prevejo que amanha teremos um dia cheio de acontecimentos.

Fiquei horrorizado ao ver Holmes na manhã seguinte, pois estava sentado com a sua pequena seringa hipodérmica na mão. Associava esse instrumento com a singular fraqueza da sua natureza e temi o pior quando o vi com ela na mão. Ele riu-se ao ver a minha expressão de horror e pousou-a em cima da mesa.

- Não, não, meu caro amigo, não há razão para alarme. Neste momento não é um instrumento do mal e será, pelo contrário, a chave que abrirá o cadeado do nosso mistério. Ponho todas as minhas esperanças nesta seringa. Acabei de regressar de uma pequena expedição de reconhecimento e tudo se mostra favorável. Tome um bom pequeno-almoço Watson, pois proponho-me seguir o Dr. Armstrong durante todo o dia e não pararemos para comer ou descansar até localizarmos a sua toca.

- Nesse caso - disse eu-, é melhor levarmos connosco o pequeno-almoço, pois ele vai partir mais cedo. Tem a carruagem à porta.

- Não importa. Deixe-o ir. Terá de ser muito esperto para ir para onde eu não o possa seguir. Quando acabar, venha comigo lá abaixo e apresentá-lo-ei a um detective que é um eminente especialista no trabalho que nos aguarda.

Quando descemos, segui Holmes até ao pátio da estrebaria onde ele abriu a porta de uma gaiola e soltou um cão baixo, de orelhas compridas e castanho-claro, que parecia ser um cruzamento de perdigueiro e foxhound.

- Permita-me que lhe apresente Pompey - disse. - O Pompey é o orgulho dos caçadores.





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