*M *ERE **E SL*NE*
»Ora a primeira letra só podia ser A, o que constituiu uma descoberta extremamente útil, pois aparece nada mais, nada menos, que três vezes nesta curta frase, e o H também aparece na segunda palavra. Assim, fica:
AM HERE A*E SLANE*
Ou seja, preenchendo as lacunas evidentes no nome:
AM HERE ABE SLANEY
Dispunha assim de tantas letras que podia prosseguir com considerável segurança na decifração da segunda mensagem, que resultou no seguinte:
A*ELRI*ES*
Em relação a esta mensagem, podia aplicar o T e o G nas lacunas, partindo do princípio de que se tratava do nome de uma casa ou estalagem onde o autor das mensagens estava hospedado.
O inspector Martin e eu ouvimos com o mais vivo interesse o claro e completo relato de como o meu amigo chegara aos resultados que levaram a que ultrapassasse por completo as nossas dificuldades.
- Depois que é que fez, Sr. Holmes? - perguntou o inspector.
- Tinha todas as razões para pensar que este Abe Slaney era um americano, pois Abe é uma contracção de um nome utilizada na América e dado que fora uma carta proveniente da América que dera início a todo este problema. Tinha também todas as razões para pensar que o caso ocultava um segredo criminoso. As alusões da senhora ao seu passado e a sua recusa em falar dele com o seu marido apontavam nessa direcção. Assim, mandei um telegrama ao meu amigo Wilson Hargreave, do Departamento de Polícia de Nova Iorque, que recorreu a mim mais de uma vez para obter informações sobre o mundo criminal de Londres. Perguntei-lhe se conhecia o nome de Abe Slaney. Aqui está a sua resposta: «É o bandido mais perigoso de Chicago.» Na mesma tarde em que recebi a sua resposta, Hilton Cubitt mandou-me a última mensagem de Slaney.