A jovem tinha-nos dito que regressava à segunda-feira no comboio que parte de Waterloo às 9:50, portanto, saí de casa cedo e apanhei o comboio das 9:13. Ao chegar à estação de Farnham, não tive qualquer dificuldade em que me indicassem o caminho para a charneca de Charlington. Era impossível enganar-me acercado local onde ocorrera o incidente com a jovem, pois a estrada corria entre a vasta charneca de um dos lados e uma antiga sebe de teixo do outro, que delimitava um parque onde se viam árvores magníficas. Havia um portão principal com pilares de pedra com manchas de líquenes, sendo cada um encimado por emblemas heráldicos.
Mas, junto a esta entrada principal, observei vários sítios onde a sebe tinha aberturas que davam para pequenos carreiros que entravam pelo parque. Da estrada não se via a casa, mas o terreno circundante indicava um ambiente sombrio e decadente.
A charneca estava coberta de manchas douradas de urze em flor, que resplandeciam magnificamente sob os raios do sol primaveril. Tomei posição atrás de uma das moitas de forma a ter uma boa visão do portão de entrada e de uma larga extensão da estrada para ambos os lados. Quando saí da estrada, esta estava deserta, mas não tardou muito que visse um ciclista vindo da direcção oposta àquela que eu tornara Vestia um fato escuro e vi que tinha barba preta.