Exigi-lhe, pois, o cumprimento de tal promessa e, confesso, não o fiz em termos muito delicados; aleguei que me tratava mal, que estava longe dos meus amigos e não tinha ninguém que me defendesse, que se mostrava ciumento sem motivo, pois o meu comportamento era irrepreensível, e que se regressasse a Inglaterra não teria ensejo de proceder assim.
Insisti tão peremptoriamente que o coloquei entre a espada e a pare- de, quer dizer, numa, situação em que teria de cumprir a sua palavra ou quebrá-la. Usou de todos os meios de persuasão para me fazer mudar de ideias, recorrendo até à mãe e a outros intermediários para me convencerem; mas a origem do meu desejo residia no fundo do meu coração, que o repudiara como marido, e por isso todos os seus esforços foram baldados. Não podia pensar, sequer, em deitar-me com ele e recorria a mil pretextos de doença e indisposição para evitar que me tocasse, pois não temia mais do que conceber novo filho seu, o que impediria, ou pelo menos retardaria, a minha ida para Inglaterra.
Por fim irritei-o tanto que tomou uma decisão impetuosa e fatal; em resumo, eu não iria para Inglaterra.