«Já ouviste alguma vez uma coisa deste género? E mostrava-se tão resignado que até senti pena dele. Mas às vezes ele é também irritante. Claro que uma pessoa não faria nada para o mortificar, mesmo que isso valesse a pena. Mas não vale. Ele é tão completamente inocente que se tu pusesses o polegar no nariz e lhe acenasses com os outros dedos, ele limitar-se-ia a perguntar gravemente para consigo o que seria que te tinha dado. Ele disse-me uma vez com toda a franqueza que tinha muita dificuldade em compreender o que é que levava as pessoas a procederem com frequência de uma forma tão estranha. É demasiado estúpido para uma pessoa se preocupar, e essa é a verdade.»
Assim escrevia Jukes ao seu amigo imediato a bordo de um transatlântico, com toda a plenitude do seu coração e com toda a vivacidade da sua fantasia.
Ele exprimia a sua honesta opinião. Não valia a pena tentar impressionar um homem daqueles. Se o mundo estivesse cheio de tais homens, a vida teria provavelmente parecido a Jukes uma coisa enfadonha e sem proveito.