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Capítulo 2: Capítulo 2

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Não estudou nos livros, porque estes poderiam dar instrução errônea; se contentou com se auto-estudar; e depois de contemplar-se longo tempo, no tratado do entendimento humano apresentou aos homens o espelho onde se havia contemplado. Em uma palavra, reduziu a metafísica ao que deve ser: na física experimental da alma.

Conhecidos são os desgostos que lhe proporcionou o manifestar esta opinião, que em sua época pareceu atrevida. Porém era só a consequência da convicção que tinha da onipotência de Deus e da debilidade do homem. Não assegurou que a matéria pensa, porém disse que não sabemos bastante para demostrar que é impossível que Deus agregue o dom do pensamento ao ser desconhecido que chamamos matéria, depois de ter nos concedido o dom da gravitação e o dom do movimento, que não são igualmente incompreensíveis.

Locke não foi o único que iniciou esta opinião; indubitavelmente já o abordou antiguidade, posto que considerava a alma como uma matéria muito delicada, e por consequência, assegurava que a matéria podia sentir e pensar.

Esta foi também a opinião de Gassendi, como se pode ver nas objeções que fez a Descartes: é verdade, diz Gassendi, que sabeis que pensais, porém não sabeis que espécie de substância sois. Portanto, ainda que seja conhecida a operação do pensamento, desconheces o principal de vossa essência, ignorando qual é a natureza dessa substância, da que o ato de pensar é uma das operações.

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Capa do livro Alma
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Os capítulos deste livro:
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Capítulo 2 8
Capítulo 3 11
Capítulo 4 16
Capítulo 5 18
Capítulo 6 20
Capítulo 7 23
Capítulo 8 31
Capítulo 9 40
Capítulo 10 42