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— Espera! Deixa!
— Não quero!
E ria-se por ver a atitude cômica do Pataca vergado defronte dela.
— Que mal faz?.. Deixa!
— Sai daí, diabo! ~
E, cambaleando, amparados um no outro, foram ambos ao chão.
— Olha que peste! resmungou a desgraçada, quando o adversário conseguiu saciar-se nela. Marraios te partam!
E deixou-se ficar por terra. Ele pôs-se de pé e, ao encaminhar-se para a sala de jantar, sentiu uma ligeira sombra fugir em sua frente. Era a pequena, que fora espiar à porta da cozinha.
Pataca assustara-se.
— Quem anda aqui a correr como gato?... perguntou voltando a ter com Piedade, que permanecia no mesmo lugar, agora quase adormecida.
Sacudiu-a.
— Olá! Queres ficar ai, ó criatura! Levanta-te! Anda a ver o café!
E, tentando erguê-la, suspendeu-a por debaixo dos braços. Piedade, mal mudou a posição da cabeça, vomitou sobre o peito e a barriga uma golfada fétida.
— Olha o demo! resmungou Pataca. Está que se não pode lamber!
E foi preciso arrastá-la até a cama, que nem uma trouxa de roupa suja. A infeliz não dava acordo de si.
Senhorinha acudira, perguntando aflita o que tinha a mãe.
— Não é nada, filha! explicou o Pataca. Deixe-a dormir, que isso passa! Olha! se há limão em casa passa-lhe um pouco atrás da orelha, e veras que amanhã acorda fina e pronta pra outra!
A menina desatou a soluçar.
E o Pataca retirou-se, a dar encontrões nos trastes, furioso, porque, afinal, não tomara café.
Sebo!