Que não me val deixar cair por terra
A viril confiança
Porque brincou com ela a mão vaidosa
D'uma débil criança...
Sábios amigos, que falais aos míseros
Na língua da ventura,
À vossa enorme ciência uma só cousa
Escapa - é a loucura!
Vós nunca entendereis (que o amor, o mestre,
Aos sábios nunca o disse)
Que a causa do meu mal, e o que eu lamento
É essa criancice!
XIII
Pelas rugas da fronte que medita...
Pelo olhar que interroga - e não vê nada...
Pela miséria e pela mão gelada
Que apaga a estrela que nossa alma fita...
Pelo estertor da chama que crepita
No último arranco d'uma luz minguada...
Pelo grito feroz da abandonada
Que uma hora, só, d'amante fez maldita...