Arthur Ignatius Conan Doyle, nascido em 22 de Maio de 1859, em Edimburgo, foi um dos dez filhos do pintor e ilustrador Charles Altamont Doyle. Frequentou colégios católicos em Inglaterra e na Áustria, e por fim, ingressou em 1876 na Escola Médica de Edimburgo, onde se licenciou cinco anos mais tarde.
Depois de ser médico de bordo, Doyle instalou consultório em Southsea, mas a escassez da clientela levou-o a procurar outra fonte de rendimento, passando a escrever contos para diversos magazines. Já casado, concebeu a personagem que lhe deu notoriedade - Sherlock Holmes na longa novela Um Estudo em Vermelho publicada no almanaque "Beeton's Christmas Annual", no fim de 1887.
A saga holmesiana, no entanto, só iria assumir proporções avassaladoras quando Sherlock, flanqueado pelo fiel Watson, evitou Um Escândalo na Boémia (1891), primeiro dos 56 contos em que interveio até Março de 1927 e que o elevaram à condição de mito. É, sem dúvida, o mais emblemático detective de ficção. De permeio foi ainda protagonista de dois romances: o celebérrimo Cão dos Baskervilles e O Vale do Medo.
Conan Doyle - que receberia o título de Sir em 1902 - abordou numerosos géneros, entre os quais a Ficção Científica. Neste domínio destacam-se as histórias que têm como cabeça de cartaz o Prof. George Edward Challenger, uma das raras personagens - a par de Holmes e de Brigadier Gérard - a que o autor concedeu a honra de consagrar uma série.
Nos derradeiros anos da sua vida, Conan Doyle dedicou-se à divulgação do Espiritismo, doutrina de que foi entusiástico prosélito. Morreu, no Sussex, a 7 de Julho de 1930.