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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 32

– Não tem que saber...

E explicou-lhe o trilho que devia seguir passadas as poldras do Tâmega; mas, para se não enganar, disse que mandaria o rapaz das cabras esperá-la na encruzilhada do Mato, ao pé da caixa das alminhas, e não descobrisse ela quem era ao rapaz, e que lhe dissesse somente: "anda lá".

Rosária embiocou o rosto no lenço, enfiou as camândulas no pulso esquerdo, e desceu as escadas. Maria da Laje saiu-lhe da porta da cozinha com a boca aberta e cheia de interrogações:

– Então?

– É o que eu lhe dizia, criatura – respondeu Rosária. – Pegou-lhe deveras; mas tem cura. Vá vê-la que já não parece a mesma; tem outro doairo na cara, está com uma pele de rosto que parece uma rosa, benza-a Deus!

– Pois ela sãzinha e escorreita é como não há muitas; e então virtude? Isso é que nenhuma, nem na mais pintada! As outras por aí na freguesia todas têm rapazes que lhe rentam, e algumas... sabe Deus o que elas fazem. Cala-te boca! (e, estendendo os beiços, esbofeteava-os). A minha Josefa nunca tolejou tanto como isto. Andaram aí atrás dela os fidalgos de Agunchos, a mais os filhos do senhor capitão-mor, Deus lhe fale na alma, que é um que dizem que anda a penar na Agra; vossemecê há-de ter ouvido dizer...

– Sim, sim, Deus o despene!

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Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
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