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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 66

– Ah! Vou-me lembrando... Esse suicídio é que eu punha em dúvida nas minhas cartas que não recebeste.

– Porquê? Então mataram-na?!

– Já não vive há muitos anos o cirurgião que a tratou; eu saí daqui há trinta e cinco e nunca mais o vi; se ele vivesse, poderia ajudar-me a recordar. Espera lá... Como a velhice nos varre tudo da memória! Ah! Uma circunstância... o aparecimento de uma criança no rio...

– O quê?

– Espera, António, não me quebres o fio das recordações. Gonçalves Penha tapou a cara com as mãos, curvou-se bamboando a cabeça, ergueu-a com ímpeto, e disse:

– Parece que vejo reviver o passado... Olha, Queirós, na mesma noite em que essa rapariga apareceu moribunda no rio, um homem que andava à pesca encontrou uma criança viva num berço levado à tona da água. Falando eu a este respeito com o cirurgião, me disse ele que a Josefa talvez não se suicidasse; mas que morresse quando ia a fugir com a criança para tua casa.

– Não pode ser – atalhou António de Queirós.

– Porque não pode ser?

– Era cedo para ter já nascido o filho.

– Isso mesmo disse eu ao cirurgião, contando-lhe o que sabia da tua carta escrita do Limoeiro, porque tu, se bem me lembro, dizias- me que...

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Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
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