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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 67

– Faltava um mês.

– Justamente; mas o cirurgião convenceu-me que bastava a alegria de fugir, quando se julgava abandonada, para lhe produzir um forte abalo. E espera... outra circunstância... a minha caseira foi disfarçada a uma quinta onde estava a criança que apareceu e soube com certeza que fora achada nessa mesma noite, e que...

– Onde era essa quinta? – interrompeu o general.

– Ó filho! Isso é que não te posso dizer já; mas deixa estar... a caseira deixou filhos que ainda são meus caseiros. É natural que eles a ouvissem muitas vezes falar do caso milagroso da criança que apareceu deitada num berço de junco. Eu te direi o que souber. Ó Queirós! – exclamou o juiz com entusiasmo. – E se tu descobrias agora o teu filho!

– Não me passa pelo espírito esse devaneio, meu amigo. Eu quisera antes que a morte dessa infeliz não fosse um acto de desesperação; mas, pensando bem, Gonçalves, por que havia de suicidar-se ela?...

– Sim, tendo-me dito a caseira que a rapariga chorava de alegria? António... recordo-me eu agora perfeitamente de que, nas minhas cartas, te dizia que o teu filho podia existir... E foi por isso mesmo que teu pai as subtraiu... Não te parece?

– É possível; mas... que novas dores a esperança me está gerando na alma! A esperança! Que posso eu esperar das transformações de trinta e sete anos, meu amigo?

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Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
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Capítulo 2 2
Capítulo 3 42