O estalajadeiro, homem intrometido, embora bem intencionado, mandara chamar o clérigo mais próximo e, quando o meu apaixonado começou a falar-lhe no assunto e no seu desejo de o chamar, redarguiu-lhe: «Sir; o meu amigo já está cá em casa.» E, sem mais palavras, apresentou-os. O meu noivo perguntou ao sacerdote se estava disposto a unir pelo casamento um par de desconhecidos, por livre vontade destes, e o pastor respondeu- -lhe que Mr.... lhe falara a esse respeito, que esperava não se tratasse de nenhum caso clandestino, que ele lhe parecia um cavalheiro sério e que supunha a noiva não fosse nenhuma rapariga precisada do consentimento de amigos. «Para lhe tirar todas as dúvidas, peço-lhe que leia este papel», disse o meu noivo, estendendo-lhe a licença. «Estou convencido», respondeu o padre. «Onde está a senhora?» Ao que o meu namorado respondeu: «Vê-la-á em breve.»
Veio então ter comigo e encontrou-me já fora do quarto. Disse-me que o sacerdote se encontrava no andar de baixo, que lhe falara e mostrara a licença e que ele estava disposto a casar-nos de todo o coração, «mas quer vê-la». Perguntou-me então se o podia mandar subir.
- Temos muito tempo de manhã, não temos? - contestei.
- Sim, minha querida, mas ele pareceu ter certo receio de que fosse alguma rapariguinha roubada aos pais e eu assegurei-lhe que éramos ambos maiores, com idade para sermos senhores das nossas acções. Foi então que desejou vê-la.
- Bem, seja como quiser - aquiesci.
Trouxe-me então o pastor, que era um homem alegre e simpático. Haviam-lhe dito, ao que parece, que nos encontráramos ali por acaso, que eu chegara na diligência de Chester e o meu cavalheiro viera ao meu encontro na sua própria carruagem, que ficáramos de nos encontrar na noite anterior em Stony-Stratford, mas que o meu noivo não conseguira chegar a tempo.
