É só disso que ele gosta, de andar para aí de espingarda! Oh, como eu detesto essa mania, meu Deus, como eu a odeio!... Tu não sabes no que te vais meter, Nellie, não sabes. Se casares com ele, ele vai fazer de ti parva! Mais tarde ou mais cedo, acaba por se pôr ao fresco e deixa-te para aí em apuros. Sim, sim, que eu bem sei!... Isto se não nos conseguir esbulhar de Bailey Farm... Ah, mas disso está ele livre, pelo menos enquanto eu viver!... Enquanto eu viver, ele nunca voltará a pôr aqui os pés, isso te garanto eu!... Sim, que eu bem sei o que iria sair daí. Não ia tardar muito que não começasse a armar em senhor, pensando que podia mandar em nós... Aliás, como já pensa que manda em ti.
- Mas não manda - replicou Nellie.
- Seja como for, ele pensa que manda. E é isso mesmo que ele quer, meter-se aqui e ser ele o dono e senhor. Sim, estou mesmo a vê-lo, a querer mandar em tudo! E será que foi para isso que decidimos instalar-nos aqui, para sermos escravizadas e brutalizadas por um tipo odioso e sanguíneo, um qualquer jornaleiro bestial? Oh, não há dúvida de que cometemos um terrível erro ao deixá-lo cá ficar! Nunca nos devíamos ter rebaixado a esse ponto. E eu que tanto tive de lutar com a gente desta terra para não ter de descer ao seu nível. Não, ele não vai cá ficar. Ah, e então hás-de ver!... Se não se puder instalar por aqui com armas e bagagens, vai voltar a desaparecer, a partir para o Canadá ou para qualquer outro lado, abandonando-te como se tu nunca tivesses existido. E lá ficarás tu completamente arruinada, para aí feita uma parva, objeto do escárnio de toda esta gente. E eu sei que nunca mais poderei ter paz, que nunca mais me poderei recompor...