O brigadeiro Jonh A - B - C? Oiça cá (e aqui Mr. S. achou indicado colocar o dedo ao lado do nariz), ouça cá, você não quererá insinuar neste momento, verdadeira, autêntica e conscientemente, que não está a par de tudo sobre o caso de Srnith tão bem como eu, pois não? Smith? John A - B - C? Ora essa, por amor de Deus, é o homem...
- Mr. Sinivate - interrompi, implorativamente -, é o homem da máscara?
- Nã-ã-ão - disse ele, com ar entendedor -, nem o homem da lu-u-ua.
Considerei semelhante resposta um verdadeiro e intencional insulto, pelo que abandonei a sua casa altamente ofendido, com o firme propósito de convidar o meu amigo, Mr. Sinivate, para uma rápida explicação da sua malcriada e pouco cavalheiresca conduta.
Entretanto, porém, não me apercebia de estar a ser-me impedida a obtenção das informações que desejava. Restava-me ainda um recurso. Iria directamente à fonte. Visitaria imediatamente o brigadeiro em pessoa e pedir-lhe-ia, em termos explícitos, a solução de tão abominável mistério. Pelo menos com ele não haveria possibilidades de equívoco. Seria claro, positivo, peremptório; seria o mais breve possível e tão conciso como Tácito ou Montesquieu.
Era cedo quando me dirigi a casa dele, e o brigadeiro estava a vestir-se; contudo, invoquei um motivo urgente e fui imediatamente conduzido aos seus aposentos por um velho criado negro, que se manteve presente durante a minha estada ali. Ao entrar no quarto, olhei evidentemente em redor, à procura do seu ocupante, mas não o descortinei imediatamente. Havia uma grande trouxa de qualquer coisa, de aspecto muitíssimo estranho, no chão, junto aos meus pés e, como não estivesse com o melhor dos humores, afastei-a com um pontapé.