O Homem que Fora Consumido - Cap. 1: Capítulo 1 Pág. 9 / 14

- Não me diga que se refere ao brigadeiro John A. B. C.? Uma história horrível, não acha? .. Disse ouros, não foi? .. Que patifes terríveis, aqueles Kickapoos!... Estamos a jogar whist, por amor de Deus, Mr. Tatde... No entanto, esta é a época das invenções, e creio bem que lhe podemos chamar a era... a era par excellence... Fala francês? .. Ah, um verdadeiro herói... um perfeito guerreiro... Não tem copas, Mr. Tatde? Não acredito!... Uma fama imortal, e tudo isso... Prodígios de bravura! Nunca ouviu falar?! Ora essa, meu Deus, ele é o homem

- Mann? O capitão Mann? - gritou então uma pequena intrusa do canto mais afastado da sala. - Estão a falar do capitão Mann e do duelo?... Ah, tenho de ouvir... Diga, diga, Mrs. O’Trump, continue lá!

E Mrs. O'Trump continuou, realmente... a falar de um tal capitão Mann que tinha sido alvejado ou enforcado, ou que devia ser ao mesmo tempo alvejado e enforcado. Pois é! Mrs. O'Trump foi continuando e eu... eu fui andando. Nessa noite não me restava qualquer outra hipótese de ouvir mais fosse o que fosse acerca do brigadeiro por distinção John A. B. C. Smith.

No entanto, confortei-me com a reflexão de que a maré de azar não prosseguiria indefinidamente e, assim, decidi-me a proceder a urna indiscreta colheita de informações durante a recepção desse pequeno anjo enfeitiçador que é a graciosa Mrs. Pirouette.

- Smith? - perguntou Mrs. P., enquanto rodopiávamos juntos num pas de zéphir, - Smith?... Não me diga que se refere ao brigadeiro John A. B. C.? Que história horrível, aquela dos Bugaboos, não foi?... Criaturas terríveis, aqueles índios!... Ora meta lá os pés para fora, vamos! O senhor, realmente, envergonha-me... Homem de grande coragem, pobre indivíduo!... Mas vivemos numa maravilhosa época de invenções...





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