»Desde o meu salvamento, tive várias conversas a este respeito com um velho mestre-escola do distrito, e foi com ele que aprendi a utilização das palavras 'cilindro' e 'esfera'. O professor explicou-me - embora eu tenha esquecido a explicação - como o que eu observara era, afinal, consequência natural da forma dos fragmentos flutuantes, e mostrou-me como sucedia um cilindro, ao sobrenadar num turbilhão, oferecer mais resistência à sua sucção, e ser absorvido com maior dificuldade do que um corpo de igual volume, de qualquer outra forma.
»Houve uma circunstância surpreendente que contribuiu muito para reforçar estas observações, incitando-me a levá-las em conta; foi o facto de, em todas as rotações, passarmos por alguma coisa como um barril, ou talvez a verga partida do mastro de um navio, ao passo que muitos dos outros objectos, que tinham estado ao nosso nível quando eu abrira os olhos pela primeira vez ante as maravilhas do turbilhão, se encontravam agora muito acima de nós e pareciam pouco se ter movido relativamente à sua posição inicial.
»Não hesitei mais sobre o que fazer. Resolvi amarrar-me bem à barrica a que então estava agarrado, cortar o cabo que a prendia à cabina e atirar-me com ela à água. Chamei a atenção do meu irmão, por gestos, apontando para os barris flutuantes que passavam próximo de nós, e fiz tudo o que estava ao meu alcance para lhe dar a compreender os meus propósitos.