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Capítulo 1: Uma descida no «Maelström»

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Do lado oposto ao promontório em cujo cimo nos encontrávamos, e a uma distância de cinco ou seis milhas no mar, via-se uma pequena ilha de aspecto desolado; ou, mais propriamente, adivinhava-se a sua localização por entre a violência da ondulação que a cercava. Perto de duas milhas mais a terra, erguia-se outra de menores dimensões, terrivelmente pedregosa e árida, rodeada de onde em onde por um grupo de sombrios rochedos.

O aspecto do oceano, na porção compreendida entre a ilha mais distante e a costa, possuía algo de muito pouco comum. Embora nessa ocasião se fizesse sentir uma tão violenta ventania do mar para terra que um brigue ao largo seguia de capa, a carangueja colhida com dois rizes, e mergulhava continuamente todo o casco até se perder de vista, não existia, porém, nada que se parecesse com uma ondulação regular, mas apenas uma curta e violenta surriada das águas em todas as direcções - quer a favor do vento, quer nos restantes sentidos. Espuma, pouca se notava, excepto na imediata proximidade dos rochedos.

- Àquela ilha ao longe - prosseguiu o velho - chamam os Noruegueses Vurrgh. A que fica a meio é a de Moskoe. Aquela que está a uma milha para norte e a de Ambaaren. Ao longe ficam as de Iflesen, Hoeyholm, Kyeldholm, Suarven e Buckholm. Mais ao largo - entre as de Moskoe e Vurrgh - ficam as de Otterholm, Flimen, Sandflesen e Skarholm. Estes são os nomes verdadeiros dos locais, mas por que razão se considerou necessário baptizá-los sequer, é coisa que está para além da sua ou da minha compreensão. Ouve alguma coisa? Vê alguma alteração nas águas?

Estávamos havia cerca de dez minutos no cume de Helseggen, que escaláramos pelo interior de Lofoten, de tal modo que apenas avistáramos o mar ao surgir repentinamente diante de nós, uma vez atingido o topo da montanha.

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Os capítulos deste livro:
Uma descida no «Maelström» 1