Por entre a multidão havia homens fardados, marinheiros da grande esquadra que estava ancorada no Hudson, soldados de Massachusetts e da Califórnia com as suas insígnias, desejando a medo que reparassem neles e achando a grande cidade completamente invadida por soldados, a menos que estivessem ordeiramente agrupados em belas formações e desconfortáveis sob o peso da mochila e da espingarda.
Dean e Gordon vaguearam por entre esta confusão; o primeiro muito interessado, entusiasmado com aquela exibição de homens no que tinha de mais fútil e mais espalhafatoso; o segundo recordando as vezes que tinha feito parte da multidão, cansado, mal alimentado, exausto e boémio. Para Dean a luta era importante, jovem, alegre; para Gordon era triste, interminável e sem significado.
No Yale Club encontraram um grupo de antigos colegas que saudaram ruidosamente Dean. Sentados em semicírculos de sofás e poltronas, todos bebiam whisky com soda.
Gordon achou a conversa maçadora e interminável. Almoçaram juntos, aquecidos pelo álcool, no começo da tarde. Todos iam ao baile Gama Psi dessa noite - que prometia vir a ser a melhor festa depois da guerra.
- A Edith Brandin também vai - disse alguém a Gordon. - Não foi uma antiga paixão tua? Não são ambos de Harrisburg?
- Pois foi. - E tentou mudar de assunto. - De vez em quando encontro-me com o irmão. É uma espécie de socialista. Dirige um jornal ou coisa parecida aqui em Nova Iorque.
- Não é divertido como a irmã, hein? - continuou o pressuroso informador. - Parece que esta noite vai com um estudante do penúltimo ano chamado Peter Himmell.
Gordon ficara de se encontrar com Jewel Hudson às oito horas, e prometera levar-lhe algum dinheiro. Por diversas vezes olhou nervosamente para o relógio de pulso.
